segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Infinitamente questionáveis

Questionando-me passo a questionar tudo. Somos errantes e mesquinhos por natureza, somos o joio e o trigo, e quem fará a separação? O que de fato é o destino. Alguém tem algumas resposta mestra?
Porque só me restam questionamentos. Minhas certezas são todas inabsolutas, e prontas a serem contestáveis. Se hoje questionam Einstein, posso então questionar o Big Bang? Posso queimar seus livros sagrados e acreditar somente na ciência? Mas se a ciência comprova minha religião, o inferno é um universo paralelo? O céu é um buraco negro? Relatividade. Preciso botar minha boca no trombone. Meus zeros em física foram um erro do professor. Minha professora de ciência me fez confiar na teoria da evolução. Mas agora permaneço a questionar: Darvin, prepare-se! Você errou. Não evoluímos, sou um australopitecos, comparado a magnitude estelar. O palco está armado, acendam as luzes, ou melhor, acendam os neutrinos. Eles estão atravessando seu corpo agora. Quem disse que você é intransponível? Preparem-se o seu mundo terá fim em 1 s, acabou. Suas ideias acabaram, tudo acabou, tudo recomeçou. Big Bang!

Jackson Boa Ventura


Texto produzido na aula de Oficina da Palavra durante o rodízio de Motion Design, sob orientação do Lorenzo. Lemos um texto uma matéria publicada no O Globo que informava sobre a descoberta de uma partícula ( os neutrinos, que são citados no texto) que pode e é mais rápida que a luz. O que de fato é uma descoberta facinante, já que contestar algo dito por Einsten é quebrar um grande tabu. Refletimos um tanto sobre isso e eu elaborei o texto acima.
Espero que gostem!

Prometeu e Epimeteu

Além da música de Gabriel O Pensador discutimos sobre o mito de Prometeu e Epimeteu, e o relacionamos com a música.
Submissão, castigos, dependência e falta de autonomia. São alguns dos pontos em comum.
Eu e a Clara Dias ( minha dupla em boa parte do processo de criação, o que me surpreendeu bastante) fizemos algumas análises e comparações. Abaixo uma delas:


"O mito de Prometeu e Epimeteu relaciona-se com o contexto da música, pois fala do domínio do poder, escolhas e suas consequências. Assim como os Titãs, temos sim poder e também a possibilidade de escolher exercê-lo, estamos debaixo de ordens todo o tempo e sempre há uma escolha a ser feita. Seguir nos trilhos, obedecer a algo ou alguém, ou ter autonomia e se arriscar a vivênciar as tais consequências."

Abaixo o mito de Prometeu e Epimeteu:
Era uma vez um tempo em que os Deuses já existiam, mas os mortais, ainda não. Quando chega o tempo marcado pelo destino para o seu nascimento, os Deuses então modelam as criaturas no interior da Terra, com uma mistura de terra, fogo e de todas as substâncias que se podem combinar com tais elementos.
No momento de trazer as criaturas à luz, os Deuses ordenaram aos Titãs Prometeu e seu irmão gêmeo Epimeteu, que distribuíssem adequadamente entre as criaturas, todas as qualidades as quais devessem ser providas.

Epimeteu pediu então a Prometeu, que lhe deixasse o cuidado de fazer ele mesmo a distribuição. Quando terminado, Prometeu faria a inspeção da obra realizada. Dada a permissão, Epimeteu começou a trabalhar. Nessa distribuição, Epimeteu dá a alguns a velocidade, a força a outros, de forma que o fraco seria ágil e rápido para compensar sua debilidade, e o lento assim, seria forte para que pudesse se defender. A alguns ele concede armas, e para outros cuja natureza é desarmada, inventa alguma outra qualidade para que pudesse garantir a sua salvação. Faz enfim a distribuição, de forma que as raças possam não desaparecer.

Depois de as ter premunido adequadamente contra as destruições recíprocas, ocupou-se então Epimeteu de defendê-las contra as intempéries que vem de Zeus, revestindo as criaturas com pelos espessos ou peles grossas, abrigos contra o frio, e também abrigos contra o calor. Calçou uns com cascos, outros com couros maciços, e assim por diante. Providenciou alimentação distinta para todos: ervas para uns, raízes para outros, etc. A alguns atribuiu como alimento a carne de outros. A esses deu uma descendência pouco numerosa, e suas vítimas receberam como compensação, uma grande fecundidade, como salvação da sua espécie.

Epimeteu, que tinha uma sabedoria imperfeita, já tinha esgotado, sem perceber, todas as qualidades com os animais, esquecendo-se de reservar alguma coisa para prover o homem. Então, chega Prometeu para examinar o trabalho, e viu as outras raças equipadas e o homem nu, sem calçados, sem coberturas e sem armas. E tinha chegado o dia marcado pelo destino, em que era preciso que o homem saísse da terra e viesse para a luz.

Diante dessa dificuldade, Prometeu não sabia que meio de salvação poderia encontrar para o homem. Decidiu então roubar de Héfesto a habilidade com o fogo, e de Atena a inteligência, para então dá-los aos homens como forma de defender a sua vida.

Foi assim que o homem recebeu a posse das artes úteis à vida, mas não foi agraciado com a política, pois essa pertencia a Zeus, o deus supremo.

Prometeu não ousou voltar ao Olimpo para tentar colher a política junto ao poderoso rei dos deuses. Mesmo assim Prometeu foi descoberto e acusado de roubo, sendo condenado a ficar eternamente amarrado em cima de um penhasco, onde um abutre comeria o seu fígado durante o dia, e durante a noite ele se regeneraria, repetindo-se dia após dia, num castigo eterno.

O homem, portanto, era a única parte da criação que possuía uma parte divina, e por isso foi o único dos animais a honrar os deuses, construindo altares e templos para eles, e a fazer oferendas e sacrifícios em sua honra.

Devido à inteligência que fora roubada de Atena, o homem desenvolveu uma linguagem com palavras articuladas, aprendeu a construir habitações, as roupas, os calçados, a cultivar a terra, etc.

Mas não havia nenhuma cidade, vivendo os homens dispersos, de forma que eram presas fáceis para os animais mais fortes. Sua inteligência era ineficaz na guerra, pois não possuíam a arte da política, da qual a guerra e parte.

Procuraram então se reunir em cidades, para que pudessem se proteger, mas uma vez juntos, os homens lesavam-se mutuamente, pois não possuíam a arte da política, fazendo com que se dispersassem ou morressem.

Zeus, temeroso por nossa espécie ameaçada de extinção, e com isso perderia-se os altares e as oferendas, ordenou a Hermes, o mensageiro divino, a distribuir a todos os homens indistintamente, a justiça e o pudor.

A justiça para que se faça as leis, e o pudor para que as leis sejam respeitadas. Zeus ordenou ainda que todo aquele que não fosse capaz de compartilhar do pudor e da justiça, deveria ser eliminado da sociedade, pois seria um flagelo a ela. Nascia a política.

Epimeteu em grego significa "o que pensa depois", e Prometeu "o que pensa antes".

Não se deixe levar!

Desde criança somos bombardeados com regras, instruções, e proibições. Sempre cercados de cuidados, vivemos a mercê de opiniões e decisões que até criarmos maturidade suficiente não questionamos. Não se pode, não é permitido, não faça isso. E é verdade que sempre seremos submetidos a autoridade alheia, ou a uma liderança. Seja ela familiar ou não. Chefes, líderes religiosos, doutrinas e leis, professores, diretores, e nossos amados pais.

Gabriel O Pensador ironiza essas questões que nos envolvem desde criança, e as coloca em cheque.

Dogmas, preceitos, tabus. Tudo que nossa sociedade condena ou passou a condenar é satirizado a cada estrofe da música. Indicações e contra-indicações são desfeitas, desconstruídas e se tornam lícitas. 
Tudo é permitido, tudo convém. Enfim o livre arbítrio, presente divido, nos é oferecido de forma integral. Ou não!


Abaixo, a letra de Sorria, por Gabriel O Pensador:

Não coma de boca aberta,
Não fale de boca cheia;
Não beba de barriga vazia
Não fale da vida alheia,
Não julgue sem ter certeza e
Não apoie os cotovelos sobre a mesa
Não pare no acostamento,
Não passe pela direita,
Não passe embaixo de escada que dá azar
Não cuspa no chão da rua,
Não cuspa pro alto,
Não deixe de dar descarga depois de usar
Não use o nome de Deus em vão
Não use o nome de Deus em vão,irmão
Não use o nome de Deus em vão
Não use remédios sem orientação
SORRIA! Você tá sendo filmado
SORRIA! Você tá sendo observado
SORRIA! Você tá sendo controlado
'Cê tá sendo filmado! 'cê tá sendo filmado!
Não coma de boca aberta, não fale de boca cheia,
Não toque nos produtos se não for comprar
Não pise na grama, não faça xixi na cama;
Não ame quem não te ama [não ame quem não te ama!]
Não chame os elevadores em caso de incêndio
Não entre no elevador sem antes verificar
Se o mesmo encontra-se neste andar
Não chupe balas oferecidas por estranhos
Não recuse um convite sem dizer obrigado
Não diga palavras chulas na frente dos seus avós
Não fale com o motorista; apenas o necessário
Não se deixe levar pelos instintos carnais
Não desobedeça seus pais
Não dê esmola aos mendigos,
Não dê comida aos animais
Não dê comida aos animais,
Não dê esmola aos mendigos
Não coma de boca aberta,
Não fale de boca cheia,
Não dê na primeira noite,
Não coma a mulher do amigo.
Não use o nome de Deus em vão
Não use o nome de Deus em vão, irmão
Não use o nome de Deus em vão
Não use remédios sem orientação
Não se deixe levar!
Não se deixe levar!
Não se deixe levar!
Não se deixe levar! (2x)
Coma de boca aberta, coma de boca fechada
Coma nos elevadores
Em caso de incêndio coma nas escadas
Coma no chão da rua, coma na grama, coma na cama
Ame quem não te ama,
Não recuse balas oferecidas por estranhos
Não dê esmola aos mendigos sem dizer obrigado
Não chupe os animais,
Não desobedeça aos seus instintos carnais
Não dê na primeira noite na frente dos seus avós
Não use o nome de Deus se não for comprar
Não coma a mulher do amigo sem antes verificar
Se o mesmo encontra-se neste andar.


Acho cômico a forma que dogmas e doutrinas de religiões milenarias são somados a conselhos paternos, e juntos são banalisados pelo compositor.
Depois de uma bela poesia deixo meu ironicamente um conselho: É probido proibir!

Second return

Alguém me cede um olho de pérola, por bom caso preciso encerar minha cara de pau e limpar a poeira desde lugar comum a tudo que diz respeito a arte.
Devo admitir que amo escrever por aqui, mas toda noite quando chego em meu adocicado lar falta-me vigor para postar.
Faz aproximadamente 1 mês que desapareci do nosso lugar quase que secreto e como já é de se esperar milhões de coisas aconteceram.
Estive me aprofundando em motion design durante esse mês, a pedido do agradável rodízio. E como não podia deixar de ser estive agraciado por tal universo. Mas não foi um mês de muita produção, aprendi muito, pero quase não trabalhei.
Pensei quase que todo o tempo em regras e ideias que foram implantadas em minha mente como um chip desde criança. Ironicamente esse tema foi abordado nas aulas do Lorenzo, sendo guiado pela história mitológica de Prometeu e Epimeteu, e por uma canção genial escrita por Gabriel O Pensador ( o qual sou um grande fã). Debates agradável não faltaram, ideias interessantes também não. Mas precisava resolver algumas questões para que pudesse me entregar 100% a Kabum.
 Vi a necessidade de tomar decisões importantes, principalmente em minha vida pessoal.
Essas decisões teriam e tiveram de fato influência e interferências primais em minha caminhada aqui na Kabum.
Estou mais dedicado e decidido. Por falar em decisão tenho pensando muito em que específica devo escolher, e um dos fatores que mais tenho levado em conta é, onde minha escrita pode ser de fato aproveitada.
Acho que a escrita é ARTE e uma das mais belas.

A partir de agora delatarei com mais frequencia meus passos nessa escola, a qual em que um dia nos faz produzir conteúdo, adquirir conhecimento e discutir assuntos equivalentes à um ano.

sábado, 22 de outubro de 2011

Silencioso!

Ontem a aula de Motion design foi um tanto silenciosa, e durante todo aquele silêncio fui quase que obrigado a escrever...

Silencioso é dos muitos textos escritos por mim, e o primeiro de muitos que eu postarei aqui.


É no silêncio que mais escutamos.
Escutamos nossos pensamentos, inclusive aqueles que estão sempre guardados no mais profundo. Pensamentos que por medo de serem engolidos por qualquer tipo de censura ou receio tendem a se perderem nos curvos caminhos da mente.
Escutamos a ingrata da consciência, que insiste em pesar, que quase sempre nos constrange, e nunca opta por fazer uma dieta.
No silêncio o ruído torna-se gritaria, o zumbido insuportavelmente ensurdecedor.
No silêncio escuto o medo, que acompanha as batidas retumbantes do meu coração.
No silêncio escuto as gargalhadas dos insetos que permanecem a me picar.
Com o silêncio sinto-me anestesiado. Mesmo com bolhas e machucados, sinto-me em paz. Sinto-me silenciosamente... 

Jackson Boa Ventura


Espero de fato que vocês gostem.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Oceanos criativos.



Quanto mais mergulho nesse mundo artístico, mais fico fascinado com a criatividade e a genialidade de certas pessoas. Certas pessoas são como um oceano criativo, se renovam a cada dia, são infinitamente capazes de inovar e surpreender.

Quando me deparo com certas obras, do naipe de Vik Muniz, Leandro Erlich (aproveitando que os conheci pessoalmente), Janet Echelman e outros tantos, fico perplexo, e é normal me indagar se seria capaz de imaginar algo que me parece tão incomum ou original.
Durante a primeira etapa do árduo processo seletivo para a Kabum! me deparei com um teste de criatividade – o qual eu confesso que estranhei, nele havia a seguinte questão: O que vocês faria com um bloco de gelo? Bem, hoje essa questão não me assusta mais, até porque consegui adentrar na amada e idolatrada Kabum!.


Se alguém me presenteasse com redes de pesca, eu mataria, ou morreria. Mas tem gente que faria arte e arte das boas. Não acredita? Pois é verdade! Depois de me surpreender com as panelas lunáticas de Christopher Jonassen, me impressionei com os ambientes esculturais produzidos pela Janet Echelman.

Janet ficou conhecida por criar enormes instalações flutuantes feitas de redes de pescar. O toque final fica por conta do movimento das redes em resposta ao balanço do vento e de uma iluminação especial.

Sobre a Janet, a biografia em seu site diz:


Janet Echelman constrói ambientes esculturais vivos, que respiram e respondem às forças da natureza – vento, água e luz – e se tornam pontos focais que convidam à vida civil. Explorando o potencial de materiais improváveis, desde redes de pesca até partículas d’água atomizadas, Echelman combina o artesanato antigo à tecnologia de ponta e cria esculturas permanentes do tamanho de prédios. Experimental por natureza, o resultado é uma escultura que, ao invés de ser um objeto para o qual você olha, é um objeto no qual você pode se perder.

Confiram algumas imagens das “esculturas flutuantes”, e a palestra da Janet no TED. 















A palestra está em inglês, porém tem como traduzir no próprio youtube. Acredito que vale a pena tentar.





segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Todos os cachorros são azuis

Promessa é dívida, e depois de tanto prometer, tanto enrolar e procrastinar resolvi falar sobre o querido Rodrigo de Souza Leão.


Quem me apresentou a esse incrível escritor foi o Lorenzo, durante uma de suas aulas de oficina da palavra. Nessa mesma aula falamos um pouco sobre loucura, e fizemos um,a incrível leitura coletiva de um dos livros de Rodrigo ( Todos os cachorros são azuis ), achei o livro super sensível , profundo e bastante peculiar. Peculiar, pelo modo que a história é contada, pela forma com que o leitor é conduzido e também pela linguagem. A intenção de Rodrigo nesse livro, segundo ele era: aproximar a prosa da esquizofrenia. 






A razão de Rodrigo querer aproximar a prosa da esquizofrenia era simplesmente pelo fato de ele possuir essa doença. E no meu ver, esse é o diferencial de Rodrigo. 


Melhor que saber da trágica história de vida de Rodrigo, é apreciar sua 'lucidez louca', sua insanidade poética.


Fiquem com um trecho do livro "Todos os cachorros são azuis", além disso deixo um pequeno trecho da entrevista que o Rodrigo concedeu a jornalista Juliana Krapp, JB online.

Texto

Tudo ficou dourado. O céu dourado. O Cristo dourado. A ambulância dourada. As enfermeiras douradas tocavam-me com suas mãos douradas. Tudo ficou azul: o bem-te-vi azul, a rosa azul, a caneta bic azul, os trogloditas dos enfermeiros. Tudo ficou amarelo. Foi quando vi Rimbaud tentando se enforcar com a gravata de Maiakovski e não deixei.Pra que isso Rimbaud? Deixa que detestem a gente. Deixa que joguem a gente num pulgueiro. Deixa que a vida entre agora pelos poros. Não se mate irmão. Se você morrer não sei o que será de mim. Penso em você pensando em mim. Rimbaud tudo vai ficar da cor que quiser. Aqui não dá pra ver o mar. Mas você vai sair daqui. Tudo ficou verde da cor dos olhos de meu irmão e da cor do mar. Do mar. Rimbaud ficou feliz e resolveu não se matar. Tudo ficou Van Gogh. A luz das coisas foi modificada. Enfim me deram uns óculos. Mas com os óculos eu só via as pessoas por dentro.






Razão


"O meu processo foi o de tentar aproximar a prosa à esquizofrenia. Para isto, resolvi achegar a prosa à poesia. A linguagem natural de um louco é, digamos, um pouco poética. Quando um poeta diz, por exemplo, "guardei o sol em sete partes", usa uma linguagem específica. O sol não tem partes e nem pode ser guardado. Só num poema isto é possível. Por isso, o livro pode ser poético. Foi isso que busquei. Fiquei possuído por esse espírito e acho que não errei de todo.

Queria também ser ágil e um pouco diferente sem ser chato. Já existem muitos escritores herméticos e chatos, não queria ser mais um em que o hermetismo fosse o principal da narrativa. Mas nunca facilitei o texto. Usei também muito a repetição. Repetia que tinha engolido um chip, que engolira um grilo e outras coisas mais. Só não havia engolido espadas. Aliás, nem gosto muito de ver mágica e magia".



 Escritor, jornalista e músico, Rodrigo [Antonio] de Souza Leão nasceu no Rio de Janeiro/RJ, em 04 de novembro de 1965.



Se vocês quiserem saber um pouco da história do Rodrigo, entrem no site desse fofo, aqui. Tem mais textos, matérias, quadros pintados por Rodrigo, e muito mais. 


Vale a pena conferir!



Relembrando Fotografia

Com o rodízio virando e a minha saída de design passei a avaliar tudo que já fiz nesse pouco (porém já longo) tempo de Kabum!. Foi ai que me lembrei do projeto Identidade da oficina de fotografia.
Esse é um projeto que de fato quero muito investir. Até então foi o mais agradável de fazer, o mais polêmico, e o que mais me orgulho. As fotos ficaram lindas, o grupo inteiro se dedicou e mereceu o bom resultado final.

Para alimentar mais ainda a ansiedade de vocês, divulgo a foto de abertura do nosso trabalho, ( e particularmente uma das mais belas e expressivas que eu já vi). Com vocês Seu José, o vendedor de bugigangas:

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Someone Like You

A cantora ( e DYVA) Adele lançou ontem o videoclipe da música Someone Like You, ultima faixa do álbum 21, o mais recente da cantora. A música é linda e como não podia deixar de ser o vídeo também é.
 Apesar da simplicidade o clipe tem uma dramaticidade, que é resultado do efeito P&B. É impossível não se apaixonar por um clipe com locação em Paris . Além do P&B, há também um efeito antigo, o que me faz lembrar da Paris de 20, época em que Paris estava fervendo culturalmente. Do ponto de visto técnico, gosto do posicionamento da câmera e principalmente da sua movimentação. O efeito espelhado no final é um grande truque Jake Nava.


Vejam:

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Return

Tere tere guys,

Perdoem-me, sei que estou muito afastado, e me sinto envergonhado por isso.
A rotina da Kabum é realmente pesada (acordar as 05:00 é triste), porém prazerosa.  A roda da vida permanece em movimento, e com isso nossa viagem ganha novos horizontes. A primeira etapa da viagem foi cumprida com êxito, a experiência com fotografia foi realmente indescritível, devo confessar que foi com grande pesar que fui para turma de design. Design - O novo desafio, que agradável, sim, agradável! A teacher é amazing, inheis! Estamos começando um projeto super 'maluco beleza', e que me perdoe Rodrigo de Souza leão,  'maluco beleza', vamos produzir PÍLULAS (na verdade produziremos todo o material gráfico: bula, embalagens e etc.) do amor, da sensualidade, da beleza e da 'alegria'.  Eu e Cássio estamos trabalhando com uma temática mitológica, vamos usar como personagens principais os deuses Dioniso e Afrodite e o belo mortal Narciso.   
Por coincidência, ou não, estamos trabalhando algo semelhante em oficina da palavra. Na ultima aula lemos trechos do livro do já citado Rodrigo de Souza Leão ( o próximo post certamente será sobre ele) e discutimos um pouco sobre a loucura. Já em design sonoro, estamos criando uma beat super bacana. Só falta uma animação, mas essa é uma tarefa para quando eu estiver na oficina de motion design. 
No mais é isso apenas. 


Bug bug bye bye!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O que somos fora de nós mesmos?


Estereótipos, rótulos. Isso já não é tão incomum. Vem se falando muito disso, e eu creio que os cariocas em geral, possuem uma coleção deles.  Esse trabalho desenvolvido por mim e alguns outros colegas da Kabum, busca justamente isso. Vamos desconstruir os estereótipos lançados sobre os cariocas e mostra-los como realmente são.  
O nome da nossa exposição é: Identidade Carioca. São fotografias de cariocas em um dia normal, porém, eles se autorretrataram em uma palavra apenas (alguns em duas). O resultado é um trabalho super bacana, bastante expressivo e espontâneo.
Nosso principal objetivo era mostrar que nossos morros e favelas não são habitados só pelo tráfico e seus associados, queríamos mostrar que nem todos os garotos e garotas de Ipanema são fortes e malhados e nem por isso eles perdem seu encanto.


Esse projeto tem a intenção de mostrar as reais características do carioca, mas jamais limita-lo. Quando nossas peças estiverem todas prontas, eu divulgo aqui para vocês. Por enquanto, deixo apenas uma parte do making of. 










Um conselho: Não deixe que sua identidade seja ofuscada, seja qual for o motivo... afirme-a!

Representações

Minha primeira oficina na Kabum foi a de: desenho com frutas. A oficina foi ministrada pela coisinha fofa da Tati. Nessa oficina falamos principalmente sobre releituras, a Tati usou como exemplo o super e enigmático quadro de Da Vinci, Monalisa. Esse quadro tem milhaaares de releituras, talvez esse grande número de releituras  seja devido a sua fama, talvez seja devido a qualidade técnica, talvez seja por ambos ou por nenhum desses motivos. Whatever!

O que importa é que as releituras... aliás, vocês sabem o que é uma releitura?
 Releitura é o fazer artístico. Rever qual é a sua atitude com relação à obra e qual a sua reação. É fazer Arte da Arte. É a transformação da crítica em uma atividade artística.



Vou mostrar para vocês algumas das melhores releituras da Mona(...)Lisa:









Todas essas representações me chamaram a atenção, são todas ótimas. Porém a melhor representação quem teve não foi a Mona Lisa e sim a DIVA Amy Winehouse, minha cantora lendária ;*
Se liga só!



Essa foi uma representação de uma caricatura (que eu não consegui encontrar, esquece!) da Amy, feita por mim e por meus queridos amigos Ariadne MottaJoão Barreto e Alexandre Moura. Utilizamos apenas frutas e o acabamento foi feito com mel.

Melhor que uma representação da Monalisa ou uma da Amy Winehouse é juntar as duas divas em uma releitura apenas., olha só:



SUPER DIGNA! 

Se quiser encontrar mais representação do quadro de Da Vinci, basta pesquisar no nosso Google de cada dia.


"Cada representação é como estar diante de um novo personagem".  
Beatriz Segall

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Exposições

Tere, galera, tere.


Até o dia 09 de outubro vai está rolando lá no MAM- Museu de Arte Moderna, a exposição “Fotografias – Coleção Joaquim Paiva”, com 134 obras, de 69 artistas estrangeiros, pertencentes à coleção Joaquim Paiva em comodato com o MAM desde 2005. A mostra marca a inclusão de 413 obras internacionais ao comodato, que já possuía aproximadamente 1090 trabalhos de artistas brasileiros, totalizando agora cerca de 1500 fotografias.


Essa exposição acontece no espaço Foto Rio- Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro, o Foto Rio tem como objetivo expandir e valorizar  a fotografia como bem cultural, abrindo suas portas e disponibilizando para o público acervos e coleções das mais diversas. O projeto cada vez mais aumenta a visibilidade do mercado fotográfico brasileiro contemporâneo. 

Amostra grátis:


Sergei Leontiev

Martin Chambin

Janet Delaney

Ansel Adams

Alberto Korda

Autorretrato 





Roberto Huarcaya

Essas fotografias fazem parte do acervo Joaquim Paiva, quer ver mais obras?
Esse é o site do Joca:  http://www.joaquimpaiva.com.br/
Agora a melhor notícia dessa matéria: A Oi patrocina o FotoRio,, vejam aqui: FotoRio


Besous et profiter!

sábado, 10 de setembro de 2011

Reflections

Acredito que todo mundo já tenho escutado que uma imagem vale mais que mil palavras, bem, quando eu vi a capa da nova edição da New Yorker essa frase foi a primeira que me veio a cabeça.

Ana Juan ( ilustradora premiada) é a autora dessa obra incrível, que consegue falar tanto, e ser tão tocante mesmo sem palavras. 
A capa como não podia deixar de ser é carregada de melancolia, e foi feita em homenagem aos 10 anos do atentado as grandes torres de Manhattan. 

É um bela capa que traz consigo um peso, o peso de uma tragédia, o peso de uma das maiores tragédias que eu particularmente já vi.
 Amanhã é 11 de Setembro, e esse post é em homenagem as milhares de vítimas do atendado terrorista às torres gêmeas do World Trade Center.


domingo, 4 de setembro de 2011

Little Miss Pixel

Bonjour!

Estava meio sem inspiração durante esses dias até que minha grande amiga (@_ohdarling), me mandou esse blog aqui:  Little Miss Pixel. Simplesmente eu me apaixonei. O trabalho da Nour Tohme é incrível. Ela tem um puta bom gosto e foi super feliz em sincronizar música e design.
A Nour é estudante de design e já possui uma marca: a Draw me a song. Ela produz belos cartazes ilustrados com letras de diversas músicas de diversos artistas, entre eles: The Beatles, Lady Gaga, Amy Winehouse...

Se liga só no trabalho da garota:

fame, by irene cara

rehab, by amy winehouse

pokerface, by lady gaga

thriller, by michael jackson

umbrella, by rihanna

ne me quitte pas, by jacques brel

satisfaction, by the rolling stones 

Nem preciso dizer que eu ameei o da minha diva Amy, e vocês curtiram? Então entrem nas redes sociais da garota, tem muito mais coisa por lá.


Desde já agradecido por sua colaboração @_ohdarling.



"Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver." (Bertold Brecht)