quarta-feira, 25 de abril de 2012

Maior que as polêmicas, Nan

Salam,

Passeando pelo mundo informativo virtual garimpei um blog que preciso dividir com vocês. Esse blog faz parte do arsenal de blogs da minha querida revista BRAVO!, e o cara responsável por críticas e comentários magistrais é o Alexandre Vidal Porto, um paulista que considera-se cearense , graduado em direito pela Universidade de Harvard. 
O blog é o Elemento Estrangeiro e é um bloco de deliciosas críticas sociais, tendo muita das vezes a arte como referência.
Hoje vou falar de uma polêmica e grande fotógrafa, tendo como ponto inicial um texto publicado por Vidal. 

"O moralista François de La Rochefoucauld (1613-80) dizia, em sua Máximas, que a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude.  Descrita, assim, nesses termos, a hipocrisia poderia parecer algo positivo, como o elogio que se faz a um princípio ou a uma ação dos quais não somos ainda capazes, mas que admiramos e pretendemos imitar.
No entanto, quase sempre, o que se vê da hipocrisia é seu lado nocivo. Frequentemente, ela se apresenta como instrumento que um indivíduo utiliza para afirmar a superioridade moral ou ética que não possui. Essa utilização mentirosa da hipocrisia, porém, não ocorre apenas em nível individual. Pode também que contagie as instituições e passe a fundamentar políticas de governo, como um falso valor civilizatório, imposto, sem qualquer traço de legitimidade.
Penso nesse aspecto nocivo da hipocrisia ao ver pessoas indignadas com a possibilidade da legalização do aborto, quando qualquer mulher rica que engravide, se assim o decidir, poderá abortar em um das centenas (milhares?) de clínicas especializadas que pululam no Brasil. Ou quando se opõem à legalização do consumo da maconha, por exemplo, sabendo que milhões acendem seus baseados, nos melhores bairros do País, sem que nada lhes possa acontecer. Ou, ainda, quando se suspende uma exposição de arte (vem-me à cabeça a exposição da Nan Goldin, boicotada pelo Oi Futuro Flamengo), sob alegação de que agride valores familiares, ao mesmo tempo em que violência doméstica e hipersexualização, mesmo que lamentáveis, sejam fatos cotidianos da vida no Brasil.
A rica pode abortar em uma clinica. A pobre que tome abortivos por conta própria ou se vire com um cabide de arame útero adentro.
O rico pode relaxar com seu baseado em sua poltrona de couro desenhada por Charles Eames. O pobre maconheiro que se humilhe no cimento frio de uma delegacia de polícia.
Suspenderam a exposição da Nan Goldin no Rio de Janeiro? Não tem problema. Veja as fotos dela no MoMA quando for a Nova York nas férias.
Esse tipo de hipocrisia generalizada transforma os pobres em bodes expiatórios e os obriga a um padrão de comportamento social que os ricos não têm necessidade de manter. Também evita que o Brasil se torne um país mais justo.  Mas, para muita gente, é justamente essa a ideia. O conservadorismo é confortável. A melhor coisa é que tudo continue como está, e que não se deixe perceber que as limitações humanas são as mesmas, quer se esteja em Manhattan, no Complexo do Alemão ou no Leblon."
( Não conte para ninguém que eu sou hipócrita, Porto, Alexandre Vidal)

Bom, Nan Goldin é uma fotógrafa americana, que traz em sua bagagem polêmicas, escândalos, sucesso e reconhecimento. Prova disso é ter recebido do jornal "The New York Times" o título de "a mais influente dos últimos 20 anos". Sua primeira exposição - que aconteceu em Boston, no ano de 1979, foi baseada no universo dos gays e transsexuais de sua cidade, e convenhamos, falar e principalmente expor fotografias que retratavam uma classe tão marginalizada e discriminada era, e como falado no texto acima, ainda é tabu.
No decorrer de sua carreira Nan permaneceu documentando cenas de nudez, sexo explícito, homossexualidade, uso de drogas, e toda a subcultura underground da juventude americana. 

"Goldin não assume uma postura voyeurística ou sentimental. Através da intimidade e do afecto em relação aos seus temas, a autora revela a sua velnerabilidade, bem como a sua própria admiração pela sexualidade e encanto assumidos. Goldin fotografa a vida directamente. A sua atenção centra-se na família alargada constituída por amigos e amantes - as pessoas que a rodeiam, partilhando os mesmos prazeres e sofrimentos. É o fio da navalha: um mundo clandestino de vidas duras, abuso de drogas, amor, sexo, sobrevivência, violência e omnipresença da morte. As fotografias de Goldin não são deliberadas, mas sim semelhantes a instantâneos de um álbum de família e é este realismo e estilo despretensioso que torna o seu diário fotográfico num registo fiel e comevedor da sua vida."
(O século Prodigioso)

Nan acredita que sua obra -vista por muitos como transgressora ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em vigor no Brasil desde 1990 — fala de "afeto e relacionamento humano".

Para mim Nan retrata muito mais que o homem, que o corpo, que a nudez. Ela torna visível a alma das pessoas. O desejo da carne. Sentimentos comuns, fragilidades e cortes que estão tão escondidos ou íntimos quanto os momentos transformados em imagem. É materializar a dor e a sedução. É expor um grito de sua comunidade, das pessoas que a rodeiam. Nan foi e é fiel ao seu público, as suas origens. Seu trabalho é forte, impacta. Quando há impacto a possibilidade de mudar é mais corriqueira. E é disso que precisamos, de um olhar diferenciado, de respeito mutúo. Ela não fala de tolerância, fala de respeito, de aceitação.
Vejo que o trabalho de Nan carrega consigo a responsabilidade de defesa e libertação de uma classe quase sem voz. Quando penso em Nan, lembro de Harvey Milk. Lembro-me da luta para ser ouvido, para ser notado e respeitado. O trabalho de ambos possibilitou e possibilita que muitos saiam da escuridadão dos becos e sajetas e possam andar pelas avenidas travestidos de si. Humanos, carnais, amantes do eu, e ainda assim respeitados. Que possamos abrir nossos olhares e amar as diferenças, além de respeitá-las.


Bem maior que as polêmicas Nan torna-se mais humana a partir do seu trabalho:




Femme Fatale (self-portrait), c. 1972
Gelatin silver print
22.8 cm x 16.5 cm
Harvard University Art Museums Database, Massachusetts

Roommate with teacup, Boston, 1973
Gelatin-silver print
Edition 8/18, 19 7/8 x 15 7/8 inches
Guggenheim Museum, New York



Ivy with Marilyn, Boston, 1973
Gelatin-silver print
Edition 11/18, 19 7/8 x 15 7/8 inches
Guggenheim Museum, New York



Nan one month after being battered, 1984
Photograph on paper
695 x 1015 mm
Tate Gallery, London

Misty and Jimmy Paulette in a taxi, NYC, 1991
Photograph on paper
695 x 1015 mm
Tate Gallery, London


Nan Goldin, 
Edda and Klara Belly Dancing (1998)


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Retornei de novo.


Bem, era certo e ainda é, que esse blog foi criado para documentação da minha vida na Kabum. Mais certo que isso é a minha vontade de repassar todo o conhecimento que tenho adquirido não só nesses longos e produtivos meses, mas ao decorrer da minha vida, visto que somos resultado de tudo que tocamos e de uma forma ou de outra presenciamos.
Depois de muito tempo percebi que aqui é o meu lugar. Que essa é a ferramenta que tenho em minhas mãos, para alcançar arte, reproduzí-la, incentivá-la e disseminá-la por esse mundo virtual. Que por sua vez é totalmente influenciador do mundo real, e idem.
Perdoem a enrolação, quero apenas dizer que... the bitch is backYa, preparem suas telas, vamos artistar, causar, produzir e informar.

Nesse novo formato teremos entrevistas com artistas, críticas pessoais a filmes e exposições, dicas culturais, e notícias sobre esse universo perpendicularmente paralelo. 

Enjoy!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Infinitamente questionáveis

Questionando-me passo a questionar tudo. Somos errantes e mesquinhos por natureza, somos o joio e o trigo, e quem fará a separação? O que de fato é o destino. Alguém tem algumas resposta mestra?
Porque só me restam questionamentos. Minhas certezas são todas inabsolutas, e prontas a serem contestáveis. Se hoje questionam Einstein, posso então questionar o Big Bang? Posso queimar seus livros sagrados e acreditar somente na ciência? Mas se a ciência comprova minha religião, o inferno é um universo paralelo? O céu é um buraco negro? Relatividade. Preciso botar minha boca no trombone. Meus zeros em física foram um erro do professor. Minha professora de ciência me fez confiar na teoria da evolução. Mas agora permaneço a questionar: Darvin, prepare-se! Você errou. Não evoluímos, sou um australopitecos, comparado a magnitude estelar. O palco está armado, acendam as luzes, ou melhor, acendam os neutrinos. Eles estão atravessando seu corpo agora. Quem disse que você é intransponível? Preparem-se o seu mundo terá fim em 1 s, acabou. Suas ideias acabaram, tudo acabou, tudo recomeçou. Big Bang!

Jackson Boa Ventura


Texto produzido na aula de Oficina da Palavra durante o rodízio de Motion Design, sob orientação do Lorenzo. Lemos um texto uma matéria publicada no O Globo que informava sobre a descoberta de uma partícula ( os neutrinos, que são citados no texto) que pode e é mais rápida que a luz. O que de fato é uma descoberta facinante, já que contestar algo dito por Einsten é quebrar um grande tabu. Refletimos um tanto sobre isso e eu elaborei o texto acima.
Espero que gostem!

Prometeu e Epimeteu

Além da música de Gabriel O Pensador discutimos sobre o mito de Prometeu e Epimeteu, e o relacionamos com a música.
Submissão, castigos, dependência e falta de autonomia. São alguns dos pontos em comum.
Eu e a Clara Dias ( minha dupla em boa parte do processo de criação, o que me surpreendeu bastante) fizemos algumas análises e comparações. Abaixo uma delas:


"O mito de Prometeu e Epimeteu relaciona-se com o contexto da música, pois fala do domínio do poder, escolhas e suas consequências. Assim como os Titãs, temos sim poder e também a possibilidade de escolher exercê-lo, estamos debaixo de ordens todo o tempo e sempre há uma escolha a ser feita. Seguir nos trilhos, obedecer a algo ou alguém, ou ter autonomia e se arriscar a vivênciar as tais consequências."

Abaixo o mito de Prometeu e Epimeteu:
Era uma vez um tempo em que os Deuses já existiam, mas os mortais, ainda não. Quando chega o tempo marcado pelo destino para o seu nascimento, os Deuses então modelam as criaturas no interior da Terra, com uma mistura de terra, fogo e de todas as substâncias que se podem combinar com tais elementos.
No momento de trazer as criaturas à luz, os Deuses ordenaram aos Titãs Prometeu e seu irmão gêmeo Epimeteu, que distribuíssem adequadamente entre as criaturas, todas as qualidades as quais devessem ser providas.

Epimeteu pediu então a Prometeu, que lhe deixasse o cuidado de fazer ele mesmo a distribuição. Quando terminado, Prometeu faria a inspeção da obra realizada. Dada a permissão, Epimeteu começou a trabalhar. Nessa distribuição, Epimeteu dá a alguns a velocidade, a força a outros, de forma que o fraco seria ágil e rápido para compensar sua debilidade, e o lento assim, seria forte para que pudesse se defender. A alguns ele concede armas, e para outros cuja natureza é desarmada, inventa alguma outra qualidade para que pudesse garantir a sua salvação. Faz enfim a distribuição, de forma que as raças possam não desaparecer.

Depois de as ter premunido adequadamente contra as destruições recíprocas, ocupou-se então Epimeteu de defendê-las contra as intempéries que vem de Zeus, revestindo as criaturas com pelos espessos ou peles grossas, abrigos contra o frio, e também abrigos contra o calor. Calçou uns com cascos, outros com couros maciços, e assim por diante. Providenciou alimentação distinta para todos: ervas para uns, raízes para outros, etc. A alguns atribuiu como alimento a carne de outros. A esses deu uma descendência pouco numerosa, e suas vítimas receberam como compensação, uma grande fecundidade, como salvação da sua espécie.

Epimeteu, que tinha uma sabedoria imperfeita, já tinha esgotado, sem perceber, todas as qualidades com os animais, esquecendo-se de reservar alguma coisa para prover o homem. Então, chega Prometeu para examinar o trabalho, e viu as outras raças equipadas e o homem nu, sem calçados, sem coberturas e sem armas. E tinha chegado o dia marcado pelo destino, em que era preciso que o homem saísse da terra e viesse para a luz.

Diante dessa dificuldade, Prometeu não sabia que meio de salvação poderia encontrar para o homem. Decidiu então roubar de Héfesto a habilidade com o fogo, e de Atena a inteligência, para então dá-los aos homens como forma de defender a sua vida.

Foi assim que o homem recebeu a posse das artes úteis à vida, mas não foi agraciado com a política, pois essa pertencia a Zeus, o deus supremo.

Prometeu não ousou voltar ao Olimpo para tentar colher a política junto ao poderoso rei dos deuses. Mesmo assim Prometeu foi descoberto e acusado de roubo, sendo condenado a ficar eternamente amarrado em cima de um penhasco, onde um abutre comeria o seu fígado durante o dia, e durante a noite ele se regeneraria, repetindo-se dia após dia, num castigo eterno.

O homem, portanto, era a única parte da criação que possuía uma parte divina, e por isso foi o único dos animais a honrar os deuses, construindo altares e templos para eles, e a fazer oferendas e sacrifícios em sua honra.

Devido à inteligência que fora roubada de Atena, o homem desenvolveu uma linguagem com palavras articuladas, aprendeu a construir habitações, as roupas, os calçados, a cultivar a terra, etc.

Mas não havia nenhuma cidade, vivendo os homens dispersos, de forma que eram presas fáceis para os animais mais fortes. Sua inteligência era ineficaz na guerra, pois não possuíam a arte da política, da qual a guerra e parte.

Procuraram então se reunir em cidades, para que pudessem se proteger, mas uma vez juntos, os homens lesavam-se mutuamente, pois não possuíam a arte da política, fazendo com que se dispersassem ou morressem.

Zeus, temeroso por nossa espécie ameaçada de extinção, e com isso perderia-se os altares e as oferendas, ordenou a Hermes, o mensageiro divino, a distribuir a todos os homens indistintamente, a justiça e o pudor.

A justiça para que se faça as leis, e o pudor para que as leis sejam respeitadas. Zeus ordenou ainda que todo aquele que não fosse capaz de compartilhar do pudor e da justiça, deveria ser eliminado da sociedade, pois seria um flagelo a ela. Nascia a política.

Epimeteu em grego significa "o que pensa depois", e Prometeu "o que pensa antes".

Não se deixe levar!

Desde criança somos bombardeados com regras, instruções, e proibições. Sempre cercados de cuidados, vivemos a mercê de opiniões e decisões que até criarmos maturidade suficiente não questionamos. Não se pode, não é permitido, não faça isso. E é verdade que sempre seremos submetidos a autoridade alheia, ou a uma liderança. Seja ela familiar ou não. Chefes, líderes religiosos, doutrinas e leis, professores, diretores, e nossos amados pais.

Gabriel O Pensador ironiza essas questões que nos envolvem desde criança, e as coloca em cheque.

Dogmas, preceitos, tabus. Tudo que nossa sociedade condena ou passou a condenar é satirizado a cada estrofe da música. Indicações e contra-indicações são desfeitas, desconstruídas e se tornam lícitas. 
Tudo é permitido, tudo convém. Enfim o livre arbítrio, presente divido, nos é oferecido de forma integral. Ou não!


Abaixo, a letra de Sorria, por Gabriel O Pensador:

Não coma de boca aberta,
Não fale de boca cheia;
Não beba de barriga vazia
Não fale da vida alheia,
Não julgue sem ter certeza e
Não apoie os cotovelos sobre a mesa
Não pare no acostamento,
Não passe pela direita,
Não passe embaixo de escada que dá azar
Não cuspa no chão da rua,
Não cuspa pro alto,
Não deixe de dar descarga depois de usar
Não use o nome de Deus em vão
Não use o nome de Deus em vão,irmão
Não use o nome de Deus em vão
Não use remédios sem orientação
SORRIA! Você tá sendo filmado
SORRIA! Você tá sendo observado
SORRIA! Você tá sendo controlado
'Cê tá sendo filmado! 'cê tá sendo filmado!
Não coma de boca aberta, não fale de boca cheia,
Não toque nos produtos se não for comprar
Não pise na grama, não faça xixi na cama;
Não ame quem não te ama [não ame quem não te ama!]
Não chame os elevadores em caso de incêndio
Não entre no elevador sem antes verificar
Se o mesmo encontra-se neste andar
Não chupe balas oferecidas por estranhos
Não recuse um convite sem dizer obrigado
Não diga palavras chulas na frente dos seus avós
Não fale com o motorista; apenas o necessário
Não se deixe levar pelos instintos carnais
Não desobedeça seus pais
Não dê esmola aos mendigos,
Não dê comida aos animais
Não dê comida aos animais,
Não dê esmola aos mendigos
Não coma de boca aberta,
Não fale de boca cheia,
Não dê na primeira noite,
Não coma a mulher do amigo.
Não use o nome de Deus em vão
Não use o nome de Deus em vão, irmão
Não use o nome de Deus em vão
Não use remédios sem orientação
Não se deixe levar!
Não se deixe levar!
Não se deixe levar!
Não se deixe levar! (2x)
Coma de boca aberta, coma de boca fechada
Coma nos elevadores
Em caso de incêndio coma nas escadas
Coma no chão da rua, coma na grama, coma na cama
Ame quem não te ama,
Não recuse balas oferecidas por estranhos
Não dê esmola aos mendigos sem dizer obrigado
Não chupe os animais,
Não desobedeça aos seus instintos carnais
Não dê na primeira noite na frente dos seus avós
Não use o nome de Deus se não for comprar
Não coma a mulher do amigo sem antes verificar
Se o mesmo encontra-se neste andar.


Acho cômico a forma que dogmas e doutrinas de religiões milenarias são somados a conselhos paternos, e juntos são banalisados pelo compositor.
Depois de uma bela poesia deixo meu ironicamente um conselho: É probido proibir!

Second return

Alguém me cede um olho de pérola, por bom caso preciso encerar minha cara de pau e limpar a poeira desde lugar comum a tudo que diz respeito a arte.
Devo admitir que amo escrever por aqui, mas toda noite quando chego em meu adocicado lar falta-me vigor para postar.
Faz aproximadamente 1 mês que desapareci do nosso lugar quase que secreto e como já é de se esperar milhões de coisas aconteceram.
Estive me aprofundando em motion design durante esse mês, a pedido do agradável rodízio. E como não podia deixar de ser estive agraciado por tal universo. Mas não foi um mês de muita produção, aprendi muito, pero quase não trabalhei.
Pensei quase que todo o tempo em regras e ideias que foram implantadas em minha mente como um chip desde criança. Ironicamente esse tema foi abordado nas aulas do Lorenzo, sendo guiado pela história mitológica de Prometeu e Epimeteu, e por uma canção genial escrita por Gabriel O Pensador ( o qual sou um grande fã). Debates agradável não faltaram, ideias interessantes também não. Mas precisava resolver algumas questões para que pudesse me entregar 100% a Kabum.
 Vi a necessidade de tomar decisões importantes, principalmente em minha vida pessoal.
Essas decisões teriam e tiveram de fato influência e interferências primais em minha caminhada aqui na Kabum.
Estou mais dedicado e decidido. Por falar em decisão tenho pensando muito em que específica devo escolher, e um dos fatores que mais tenho levado em conta é, onde minha escrita pode ser de fato aproveitada.
Acho que a escrita é ARTE e uma das mais belas.

A partir de agora delatarei com mais frequencia meus passos nessa escola, a qual em que um dia nos faz produzir conteúdo, adquirir conhecimento e discutir assuntos equivalentes à um ano.

sábado, 22 de outubro de 2011

Silencioso!

Ontem a aula de Motion design foi um tanto silenciosa, e durante todo aquele silêncio fui quase que obrigado a escrever...

Silencioso é dos muitos textos escritos por mim, e o primeiro de muitos que eu postarei aqui.


É no silêncio que mais escutamos.
Escutamos nossos pensamentos, inclusive aqueles que estão sempre guardados no mais profundo. Pensamentos que por medo de serem engolidos por qualquer tipo de censura ou receio tendem a se perderem nos curvos caminhos da mente.
Escutamos a ingrata da consciência, que insiste em pesar, que quase sempre nos constrange, e nunca opta por fazer uma dieta.
No silêncio o ruído torna-se gritaria, o zumbido insuportavelmente ensurdecedor.
No silêncio escuto o medo, que acompanha as batidas retumbantes do meu coração.
No silêncio escuto as gargalhadas dos insetos que permanecem a me picar.
Com o silêncio sinto-me anestesiado. Mesmo com bolhas e machucados, sinto-me em paz. Sinto-me silenciosamente... 

Jackson Boa Ventura


Espero de fato que vocês gostem.